É “onde você está agora?” mês no Ask a Manager, e durante todo o mês de dezembro estou publicando atualizações de pessoas que tiveram suas cartas cá respondidas no pretérito.
Haverá mais postagens do que o normal esta semana, logo volte sempre ao longo do dia.
Lembre-se do plumitivo de cartas que, sendo o único varão gay em seu departamento, era pediu para tirar uma foto de seu bebê? Cá está a atualização.
Pouco depois de grafar para você, conversei com o RH e perguntei se havia alguma regra em relação à decoração da mesa e à exibição de fotos. Não houve, e me aconselharam a falar com meu gerente. Fiquei cada vez mais chateado com o tema e passei várias noites sem dormir. Logo, pedi à minha gerente um comitiva individual para que ela soubesse que eu obedeci e retirei a foto, para perguntar se fotos de substituição específicas eram “aceitáveis” e para transmitir minha sensação de ser o fim.
Ela estava mais nervosa do que eu na reunião, mas sua resposta foi em grande segmento que ela deveria abordar o tema caso alguém se sentisse desconfortável. Perguntei se ela perguntou à pessoa o que especificamente a incomodava na foto, e ela disse que não. Eu disse a ela que já havia enfrentado preconceitos porquê pai gay e que isso era semelhante. Ela me incentivou a colocar outras fotos, desde que não houvesse nudez. Perguntei porquê estava sendo definida a nudez, pois não dava para ver nenhuma bunda ou genitália na foto. Perguntei se uma foto que eu tinha dele em um banho de espuma estava boa, se um mamilo pudesse ser visto. Que a banheira o bloqueou da cintura para reles, pelo que se sabe ele pode estar de maiô. Ela disse que estava tudo muito. E se eu mantivesse a mesma foto, mas colocasse uma nota “CENSURA” sobre qualquer segmento que implique nudez? Ela disse que tudo muito.
Eu disse: “Não é um pouco ridículo tentar indagar o que outra pessoa pode estar achando questionável?”d Eu disse que estava perturbado por essa pessoa não ter sido questionada, por seu desconforto ter sido atendido, mas ninguém parecia também preocupado com o que eu sentiria se me pedissem para objurgar uma foto do meu rebento.
Documentei a discussão e planejei publicar várias fotos (sem nudez) do meu rebento em resposta. Eu fantasiei em manter a foto, mas colocar uma nota sobre segmento dela que dizia “Sinto pena das pessoas de mente pequena”, mas no final das contas meu coração não estava nisso. Eu não queria mais polêmica.
A notícia se espalhou entre os colegas de trabalho sobre minha situação e todos me apoiaram muito. Alguns colocam fotos semelhantes “nuas, mas sem genitália” de seus próprios filhos, ou uma foto de Anne Geddes, porquê papel de parede do monitor do computador. Ninguém percebeu ou reclamou disso.
Por tapume de um mês me senti triste, com raiva e paranóico, mas acabei deixando para lá. Nunca descobri quem reclamou. Apesar de tudo isso, continuei a crescer e a prosperar em minha posição na empresa e “superei as expectativas” na minha última avaliação.
Obrigado por responder à minha pergunta inicial e por solicitar uma atualização sobre minha situação. Eu nunca tinha visto os comentários sobre minha situação em seu site antes. Foi interessante ver os vários pontos de vista, e me senti validado ao ver que a maioria achava que provavelmente havia alguma homofobia e preconceito em jogo, ou pelo menos isso foi mal tratado.