Para o Editor:
O pluralismo, entendido porquê o envolvimento proactivo e produtivo da pluralidade, é principal para a vitalidade de diversas instituições e sociedades. Em “Pluralismo U”(10 de outubro de 2024), meu colega e ex-colega Eboo Patel escreve que o pluralismo assim entendido promove bens cívicos porquê a redução do preconceito e o fortalecimento da coesão social universal. Faculdades e universidades reúnem diversos grupos de pessoas em torno de uma missão generalidade de progresso do conhecimento por meio do ensino e da aprendizagem. Para fazer isso muito, eles também devem buscar o pluralismo.
No entanto, uma coisa é perseguir o pluralismo e outra é torná-lo a missão e o propósito final de uma universidade. A proposta de Patel não reconhece esta diferença. A partir desse mal-entendido, ele falsamente coloca a “universidade da liberdade de sentença” e a “universidade do pluralismo” porquê alternativas mutuamente exclusivas, defendendo a superioridade de uma sobre a outra. O que lhe falta é que tanto a liberdade de sentença porquê o pluralismo são princípios importantes dentro de uma universidade. Na verdade, uma compreensão adequada do seu lugar na vida de uma universidade mostra porquê eles realmente se complementam enquanto operam em esferas distintas – a liberdade de sentença trata principalmente de regulamentações, enquanto o pluralismo enfatiza a cultura. Embora uma boa universidade precise de ambos, nem a liberdade de sentença nem o pluralismo devem ser a missão.
Patel parece crer falsamente que a Universidade de Chicago fez da liberdade de sentença o seu telos. Ao referir-se ao elenco de teloses universitários alternativos de Jonathan Haidt, Patel não reconhece que o contraste está entre justiça social e verdade, não entre justiça social e liberdade de sentença, escrevendo que “Chicago tornou-se a universidade da liberdade de sentença, oferecendo uma escolha clara ao que Jonathan Haidt chamado de surgimento da ‘universidade de justiça social’ na última dezena.” Esse mal-entendido cria portanto um contraste suposto de UChicago, contra o qual Patel oferece a escolha rútilo do Pluralismo U.
A verdade não é muito complicada. A verdade, o objetivo da universidade em procura de conhecimento, sempre foi o telos conquistado no lema da UChicago. Com Tom Ginsburg, editei um livro sobre a tradição da Universidade de Chicago isso deixa tudo isso muito simples. Embora seja uma leitura interessante, não é necessário declarar o pluralismo jamesiano contra o monismo hegeliano, nem fornecer uma taxonomia do pluralismo para ver isto. Nem deveria a UChicago, na sua qualidade solene, seguir o parecer de Patel de “seguir os passos de um dos seus primeiros luminares (John Dewey) e declarar-se a universidade do pluralismo”, tal porquê não deveria seguir os passos da economia neoliberal ou da política neoconservadora.
O objetivo de uma universidade comprometida com a procura de conhecimento é estabelecer as condições ideais para uma comunidade de acadêmicos que discuta os méritos de uma pluralidade de escolas de pensamento, teorias e metodologias distintas. Fazer isso muito é fazer pluralismo. Mas pegar qualquer escola de pensamento e oficializá-la porquê missão e propósito da universidade é produzir uma ortodoxia que na verdade suprime a livre troca de ideias. Plantar uma bandeira do Pluralismo U iria, ironicamente, desgastar o espírito do pluralismo e prejudicar a missão adequada de procura de conhecimento da universidade. Imagino que John Dewey não ficaria muito satisfeito.
As universidades, porquê qualquer instituição, têm valores concorrentes. No entanto, deveria possuir um telos definitivo. Aristóteles definiu esse telos final porquê aquele que é perseguido sempre por si mesmo e nunca por motivo de outra coisa. Seja porquê for que uma universidade decida expressar, esse término último deve ser sempre o conhecimento e a verdade. A liberdade de sentença é o primeiro princípio prático da UChicago, necessário para o cumprimento dessa missão. Acontece que isto implica o envolvimento proactivo e produtivo da pluralidade que é o pluralismo. Onde está o conflito nisso?