contribuído por Dr.Zak Cohen
Em 2009, o presidente Obama falou a um grupo de estudantes da Wakefield High School em Arlington, Virgínia.
Uma vez que alguém que admitiu prontamente e descaradamente seus erros quando jovem e uma vez que esses erros influenciaram o adulto que ele se tornou, ele humildemente, mas estridentemente, impressionou seu público com a valimento de aprender com os próprios erros. “Você não pode deixar que seus fracassos definam você – você tem que deixar que eles lhe ensinem” (Obama, 2009). Qualquer pessoa que ouvisse leste oração concordaria invariavelmente com a retórica do Presidente Obama.
No entanto, estes acenos conscientes mascaram a longa e complexa relação que a prática de erros tem com a ensino nos Estados Unidos.
Decorrente de pesquisas realizadas na dez de 1920, os erros têm sido amplamente vistos uma vez que problemas que deveriam ser erradicados em nossas salas de lição. Em 1922, a teoria associacionista da matemática começou a cultivar a crença de que os erros resultam da falta de treino e domínio dos factos numéricos (Thorndike & Woodyard, 1922).
O que a pesquisa diz sobre aprender com os erros
Essas descobertas foram ainda mais arraigadas na psique coletiva dos educadores americanos na dez de 1960, quando Terrace (1966) mostrou que “os pombos poderiam ser ensinados a bicar discriminativamente um círculo vermelho em oposição a um círculo verdejante, sendo reforçados de tal forma que nunca bicassem o círculo verdejante, ou seja, os pombos tiveram um desempenho sem erros” (Terrace, 2001, p. 9). Esta invenção, interpretada correctamente ou não, empurrou a ensino para um protótipo de ensino sem erros – pensando-se que se um pássaro pode aprender a expulsar erros, uma menino também o pode.
Mais tarde naquela dez, Ausubel (1968) codificou esta tradução emergente alertando sobre os perigos que os erros apresentam para o processo de aprendizagem, sugerindo que “permitir que (os alunos) cometam erros os encoraja a praticar abordagens incorretas e ineficientes que causarão problemas porque são difícil de substituir posteriormente com abordagens corretas” (Ausubel, 1968, p. 25). Até visível ponto, há uma lógica nesta teoria de que cometer erros irá fortalecer e solidificar as vias neurais responsáveis por leste pensamento erróneo; no entanto, a pesquisa atual concluiu exatamente o oposto.
Veja também Maneiras de ajudar os alunos a aprender com seus erros
A valimento de aprender com os erros é amplamente divulgada na literatura e em todo o mundo. Estudos realizados nas Filipinas, na Alemanha e em Hong Kong concluem que existe uma poderoso reciprocidade entre a prática de erros e a aprendizagem, tendo um estudo dos Estados Unidos da América argumentado mesmo que “uma relutância injustificada em mourejar com os erros atrasou a ensino americana”. (DeBrincat, 2015; Metcalfe, 2017; Quieng et al., 2015; Song, 2018).
A pesquisa contemporânea argumenta que “. . . cometer erros pode facilitar muito novos aprendizados. . . melhorar a geração de respostas corretas, facilitar a aprendizagem ativa e (e) estimular o aluno a direcionar a atenção de maneira adequada. . .” (Metcalfe, 2017, p. 472). Na verdade, embora talvez não seja intuitivo, Richland et al. (2009) descobriram que a geração de erros está positivamente correlacionada com o aumento da memória.
Os erros ocorrem no limite do conhecimento e da experiência; portanto, os erros devem ser aceitos não somente uma vez que um subproduto da aprendizagem. Os erros não são meramente instrutivos; eles são o buraco da fechadura que oferece uma visão honesta da natureza única de um mecanismo multiforme uma vez que a aprendizagem (Lewis, 2017). Na verdade, os humanos já estão predispostos a aprender com os seus erros.
A neurociência de cometer erros
Quando uma pessoa comete um erro, a ação subsequente é atrasada por um fenômeno espargido uma vez que lentidão pós-erro (PES). PES refere-se à tendência dos indivíduos de desacelerar em uma tentativa atual depois terem cometido um erro em uma tentativa anterior (Rabbitt & Rodgers, 1977). Rabbitt e Rodgers (1977) descobriram que, ao se envolver em uma atividade que foi realizada erroneamente, antes que as ações sucessivas sejam adiadas, dá-se aos participantes tempo para empregar uma ação corretiva.
Um estudo de 2018 realizado por pesquisadores do Instituto de Tecnologia da Califórnia descobriu que os erros desencadeiam uma reação em cárcere quase instantânea de atividade cerebral produtiva. Os investigadores descobriram que antes mesmo de alguém ter conhecimento do seu erro, um conjunto de neurónios – apelidados de “neurónios de erro” – começa a disparar (Fu et al., 2019). Em rápida sucessão, “o cérebro de uma pessoa que comete um erro acende-se com o tipo de atividade que codifica a informação mais profundamente”, ajudando a prometer que o mesmo erro não seja cometido numa tentativa subsequente (Fu et al., 2019, p. 172).
Outro processo cerebral interessante e relacionado, desencadeado por erros, diz saudação à liberação de dopamina. A dopamina é liberada quando os alunos respondem corretamente às perguntas – e estão cientes de sua correção, seja por meio de mecanismos de monitoramento externos e internos. Por outro lado, quando ocorrem erros, os níveis de dopamina diminuem, mas esta subtracção da dopamina desencadeia outra resposta, que é a de que o cérebro procura feedback corretivo e a posição de novas informações para evitar uma queda de dopamina no porvir, “essencialmente alterando redes neurais incorretas e aumentando a verosimilhança de dar uma resposta correta na próxima vez” (McMillan, 2017, p. 91).
Apesar das inúmeras maneiras pelas quais o corpo e o cérebro humanos procuram aprender com os erros, “os seres humanos, que são quase os únicos por terem a capacidade de aprender com os seus erros. . . também são notáveis pela sua aparente relutância em fazê-lo” (Whitman, 2016, p. 81). Isto é atribuível à dimensão sociocultural que impede que estas respostas adaptativas sejam abraçadas e operacionalizadas.
Erros e emoção
As pessoas foram socializadas e, por sua vez, internalizaram os erros uma vez que um tanto a evitar (Fischer et al., 2006). Também é bastante geral ter pavor de errar. “Os professores dão-nos notas baixas por erros nos testes, os chefes muitas vezes castigam-nos (e pior) por assumirmos riscos, e as religiões podem condenar-nos se cometermos um perversão ou seguirmos o caminho inverídico” (Tugend & London, 2011, p. 180). A aversão que as pessoas têm a cometer erros é evidenciada pelo facto de as pessoas, em universal, preferirem resultados de aprendizagem menos óptimos, desde que isso lhes permita evitar cometer erros.
Huelser (2014) procurou conscientizar os participantes do estudo sobre a “utilidade de aprender cometendo erros”, mas descobriu que mesmo quando a atenção dos participantes era atraída para a maior retenção resultante do serviço de técnicas de estudo que exigiam geração de erros, a falta de crédito dos participantes na sua capacidade de aprender com os seus erros persistiu (Huelser, 2014, p. 27).
Da mesma forma, um estudo de 2017 descobriu que mesmo quando a atenção dos participantes do estudo foi atraída para os benefícios da geração errada na recuperação de informações da memória, os participantes do estudo continuaram a priorizar estratégias de estudo menos eficazes que não envolviam erros (Yang et al., 2017). ). Esta resposta adversa à prática de erros parece sugerir que as pessoas prefeririam não reprofundar nas águas turvas da aprendizagem esforçada, mesmo que a geração de erros na verdade melhore os resultados da aprendizagem.
Um estudo de 2019 procurou entender o porquê, explicando os sentimentos dos estudantes de medicina sobre os erros. O estudo descobriu que estudantes de medicina relataram reações emocionais poderosas quando foram solicitados a somente visualizar o cometimento de erros. Esses estudantes de medicina usaram palavras uma vez que “assustado”, “culpado”, “envergonhado”, “com pavor” e “terrífico” para descrever o tirocínio de visualização (Fischer et al., 2006, p. 420). A angústia que esses estudantes verbalizaram não é exclusiva deles.
Na verdade, o pavor de erros é prevalente o suficiente para justificar o seu próprio diagnóstico na nomenclatura médica: atiquifobia. Mesmo que esse pavor seja um espectro sem forma, ainda é muito real. O pavor do fracasso está profundamente enraizado. Os investigadores sabem que quando estudantes com sofreguidão matemática se deparam com números, por exemplo, “um meio de pavor no cérebro é ativado – o mesmo meio de pavor que se acende quando as pessoas vêem cobras ou aranhas” (Boaler, 2019, p. 122). O problema é que leste pavor não está somente a atrasar os alunos no presente, mas também a impedi-los de concretizar activamente o seu porvir.
Alfabetização de erros na sala de lição
Para que os alunos estejam preparados para velejar no porvir ignoto, os alunos precisarão possuir a disposição para cometer erros e a capacidade de aprender com eles (Scharmer, 2016). Um processo de aprendizagem impregnado de erros modela quase “o processo confuso, excitante e frustrante no qual as descobertas são feitas e a inovação ocorre” (Eggleton & Moldavan, 2001, p. 43). Quer se trate da transição para uma novidade curso ou da adaptação ao ritmo vertiginoso dos avanços tecnológicos, a questão não é se serão cometidos erros, mas se os erros podem servir uma vez que instrumentos para permitir a aprendizagem.
Portanto, uma vez que podemos nós, uma vez que educadores, gerar as condições para que os nossos alunos desenvolvam o kit de ferramentas de que necessitam para metamorfosear de forma fiável os seus erros em lições? Muito, é cá que entra a Alfabetização por Erros.
As escolas são organizações complexas e centradas no ser humano que são influenciadas por uma infinidade de fatores, incluindo elementos ambientais, pessoais e comportamentais que moldam a aprendizagem. Embora muitos indivíduos compreendam inerentemente o valor de aprender com os erros, o envolvente e as expectativas nos ambientes educativos promovem frequentemente uma abordagem contrária, desencorajando o seu reconhecimento e exploração.
A investigação indica, no entanto, que existem estratégias viáveis na sala de lição que podem mitigar estes efeitos adversos, promovendo um envolvente onde os erros não são temidos, mas vistos uma vez que oportunidades de incremento. É cá que entra em jogo a Alfabetização por Erros.
Mistake Literacy oferece uma estrutura que capacita professores e alunos a aceitarem os erros uma vez que uma secção sátira do processo de aprendizagem. Ao implementar as estratégias e disposições descritas na Alfabetização sobre Erros, os educadores podem gerar as condições ideais para que os alunos reconheçam, reajam e reparem os seus erros.
A Alfabetização em Erros visa desmistificar o processo de aprendizagem com os erros, tornando-o simples e conseguível. Esta abordagem não só promove uma atitude mais saudável em relação à aprendizagem, mas também estabelece as bases para futuros empreendimentos educacionais. Através da Alfabetização sobre Erros, o caminho para a aprendizagem se confunde com a roboração e o fiscalização dos próprios erros, transformando os erros em domínio.