Nos últimos dois anos, mudanças implacáveis ocorreram rapidamente.
Mesmo enquanto as escolas enfrentam desafios profundos, o financiamento de ajuda à pandemia da COVID-19 está a seguir o seu curso. Entretanto, as novas tecnologias parecem fluir num fluxo imparável. Estas muitas vezes têm consequências na ensino, desde um aumento na trapaça em tarefas possibilitadas por chatbots que vomitam prosa, até experiências que trazem a IA para as salas de lição porquê assistentes de ensino ou mesmo quando estudantes.
Para alguns professores e dirigentes escolares, pode parecer um ataque violento.
Alguns educadores associam a IA a mudanças mais amplas que consideram prejudiciais para os alunos, diz Robin Lake, diretor do Meio para a Reinventação da Ensino Pública. Por meio de entrevistas, ela descobriu que alguns educadores vinculam a IA às mídias sociais e aos celulares. Portanto, eles estão tendo uma resposta emocional compreensível, ela acrescenta: “É meio tremendo se você pensar nisso por muito tempo”.
Mas neste fluxo de mudança em uniforme mudança, Lake está entre aqueles que acreditam que as novas tecnologias podem ser orientadas de uma forma que conduza as escolas para um meio mais promissor para reduzir as disparidades na ensino nos EUA.
No entanto, se isso sobrevir, é imperativo que os líderes educativos comecem a pressionar a IA para transformar o ensino e a aprendizagem de formas benéficas, mormente para estudantes de baixos rendimentos e historicamente desfavorecidos, argumentam observadores porquê Lake.
Se a perceptibilidade sintético não ajudar a resolver as disparidades, preocupam-se os defensores, ela irá agravá-las.
Luzes de risco
IA tem sido usada na ensino desde pelo menos a dez de 1970. Mas a recente enxurrada de tecnologia coincidiu com um foco mais intenso nas disparidades nos resultados dos estudantes, nutrido pela pandemia e por movimentos sociais, porquê os protestos pelo homicídio de George Floyd. AI alimentou esperanças de obter mais paridade graças à sua promessa de aumentar a aprendizagem personalizada e de aumentar a eficiência e a sustentabilidade de um corpo docente sobrecarregado.
No final de 2022, a Mansão Branca divulgou um “Projeto para uma Enunciação de Direitos da IA”, na esperança de que isso fortalecer os direitos de privacidade. E no ano pretérito, o Departamento de Ensino dos EUA, juntamente com a organização sem fins lucrativos Do dedo Promise, opinou com recomendações para prometer que esta tecnologia possa ser usada “responsavelmente” na ensino para aumentar a isenção e concordar professores sobrecarregados.
Porém, se você perguntar a alguns pesquisadores, isso não é suficiente.
Tem havido receios de que a IA acidentalmente ampliar preconceitos seja confiando em algoritmos treinados em dados tendenciosos ou por outros métodos, porquê automatizando avaliações que ignoram as experiências dos alunos, mesmo quando as classificam em diferentes caminhos de aprendizagem.
Agora, alguns dados iniciais sugerem que a IA poderia de facto aumentar as disparidades. Por exemplo: a organização de Lake, um meio vernáculo de pesquisa e política associado ao Mary Lou Fulton Teachers College da Arizona State University, divulgou um relatório nesta primavera que analisou o uso de plataformas de aprendizagem virtuais, sistemas de aprendizagem adaptativos e chatbots por professores de ensino fundamental e médio. O relatóriouma colaboração com a RAND Corporation, descobriu que os educadores que trabalham em escolas suburbanas já afirmam ter mais experiência e formação em IA do que aqueles que trabalham em escolas urbanas ou rurais.
O relatório também concluiu que os professores de escolas onde mais de metade dos alunos são negros, hispânicos, asiáticos, das ilhas do Pacífico ou nativos americanos tinham mais experiência na utilização das ferramentas – mas menos formação – do que os professores que trabalham em escolas maioritariamente brancas.
Se os estudantes suburbanos – em média, mais ricos do que os estudantes urbanos ou rurais – estão a receber mais preparação para as complexidades de um mundo influenciado pela IA, isso abre questões existenciais realmente grandes, diz Lake.
Grandes promessas – ou problemas
Portanto, porquê podem os defensores pressionar a IA para executar a sua promessa de servir todos os estudantes?
Neste momento, é tudo uma questão de estratégia, fazer investimentos inteligentes e estabelecer políticas inteligentes, diz Lake.
Outro relatório do Meio para a Reinventação da Ensino Pública apela a mais trabalho para envolver os estados em testes e implementação eficazes nas suas escolas, e para que o governo federalista estabeleça barreiras de proteção e orientações mais detalhadas. O relatório, “Oportunidades perversas”, também pede mais investimento em pesquisa e desenvolvimento. Do seu ponto de vista, o pior resultado seria deixar os distritos à própria sorte quando se trata de IA.
Segmento da razão pela qual os distritos urbanos estão menos preparados para a IA pode ser a complicação e o grande número de problemas que enfrentam, especulam os observadores. Os superintendentes dos distritos urbanos dizem que estão sobrecarregados, diz Lake. Ela explica que, embora possam estar entusiasmados com as oportunidades da IA, os superintendentes estão ocupados a mourejar com problemas imediatos: recuperação pandémica, termo do financiamento federalista de ajuda humanitária, declínios nas matrículas e potenciais encerramentos de escolas, crises de saúde mental entre estudantes e absentismo. O que esses líderes desejam é evidências que sugiram quais ferramentas realmente funcionam, muito porquê ajudar a velejar nas ferramentas edtech e treinar seus professores, acrescenta ela.
Mas outros observadores preocupam-se se a IA é realmente a resposta para resolver problemas estruturais nas escolas em universal.
Introduzir mais IA nas salas de lição, pelo menos a limitado prazo, implica ensinar os alunos através de ecrãs e aprendizagem virtual, argumenta Rina Bliss, professora associada de sociologia na Universidade Rutgers. Mas muitos estudantes já passam muito tempo on-line e de tela em mansão, diz ela. Isso degrada sua saúde mental e sua capacidade de realizar as tarefas, e os educadores devem ser cautelosos ao juntar mais tempo de tela ou aprendizagem virtual, diz Bliss.
Bliss também aponta para um “vantagem de sensação”, um aumento no quanto é aprendido com materiais impressos em conferência com telas, o que tem a ver com fatores porquê o envolvimento com o texto e a rapidez com que os olhos do aluno podem fixar-se e permanecer focados no material. Na sua opinião, os textos digitais, mormente quando estão ligados à Internet, são “potes de distrações”, e o aumento do ensino fundamentado em ecrãs pode, na verdade, prejudicar os alunos.
Em última estudo, acrescenta ela, uma abordagem ao ensino que dependa excessivamente da IA poderia substanciar a desigualdade. É provável que estas ferramentas estejam a gerar um sistema hierárquico, onde os alunos abastados frequentam escolas que enfatizam experiências de aprendizagem prática, enquanto outras escolas dependem cada vez mais de ecrãs e de aprendizagem virtual. Estas ferramentas não devem substituir a aprendizagem no mundo real, mormente em escolas com poucos recursos, acrescenta ela. Ela teme que a obediência excessiva desta tecnologia possa gerar uma “subclasse de estudantes” que recebem soluções artificiais para grandes problemas porquê a falta de pessoal e de financiamento nas escolas. Não seria responsável responsabilizar na IA porquê solução rápida para todas as nossas carências económicas na escolaridade, argumenta Bliss.
Portanto, porquê os educadores devem abordar a IA? Talvez a postura correta seja a esperança cautelosa e o planejamento deliberado.
Ninguém sabe exatamente porquê a IA impactará a ensino ainda, argumenta Lake, do CRPE. Não é uma panaceia, mas, na sua opinião, existe uma oportunidade real de a utilizar para colmatar lacunas de aprendizagem. Portanto, é importante elaborar planos para concretizar o potencial: “Muitas pessoas congelam quando se trata de IA, e se, em vez disso, puderem pensar no que querem para os seus filhos, para as suas escolas, e se a IA pode ajudar, isso parece um caminho produtivo para mim e muito mais administrável”, diz Lake.
Não há zero de inverídico em ter esperança, acrescenta ela.